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Mostrando postagens de novembro 1, 2010

Piraquara: nascedouro de corvos sem ninhos

LAURA RIEDING SILVIA PLATH 97. Sobre Corvos e Ninhos (milharais despedaçados) “Cansados da eterna luta por abrir um caminho pela matéria bruta, escolhemos outra vereda e nos lançamos apressados aos braços do infinito. Mergulhados em nós mesmos, criamos um mundo novo”. (Henrik Steffens – Sobre o Romantismo) II Sobre o fio tenso da confusão, a pequena ave acorda atônita. Sons de escárnio ruidosos chegam às trevas. E o corvinho estremece sob a perda de monolíticos blocos. Explosões. Olhos esburacados. Peixes inexistentes numa toca de voadores medonhos numa insalubre rapina desprovida de insônia e vascularização. Um sentimento desértico instaurado no peito. Violetas amaldiçoando garras rugosas. Asas em profundo rasante na esquina. No âmago, frágeis corredores da ravina: o populacho sorrindo. Filhos do escárnio. O medo. O roedor estrangeiro sufoca sob o peso da batina. Estaria deus paramentado