Por que ninguém desconfia o que está no fundo do que é dito o mundo é um paraíso infindo de concretos postes onde urino meus cavalos de Tróia estabeleço limites e reproduzo o percurso em placebos, águas os frutos do moendar incessante desta roda que nos gira este monjolo que esfarela e destas mãos que silenciosas ferem o trigo com ingredientes e carinhosas lhe distinguem sob fogo e sentimento o objeto e seu nome: pão substantivo do verdadeiro aquecimento da qual a unica inimiga é a fome não somente esta que em sonhos amadurece o campo mas aquela que clama por fluxo e extrai dos cavalos de Tróia atirados aos pés dos postes as reais fronteiras destes nossos corações muitas e muitas vezes silenciados e demarcados por esta inefável e voraz sede de palavras. EnD