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Mostrando postagens de setembro 1, 2019

A Canção dos Migrantes

A Canção dos Migrantes 1. (o estranho) ...morre hoje não, meu irmão... escuta esta canção,  ninguém é cidadão, meu irmão e onde falta pão só há razão pra desilusão... ...eu vim por estes caminhos fugindo da fome e da morte violência aqui é na rua grande cidade nua e crua... ...eu sei que não posso parar que a vida vai atropelar quem não sabe quem é não sabe o que quer e ninguém é o que tem... ...batendo forte o coração em queda livre sempre quis ter paz pra ser feliz... ...a esperança é só um amuleto que vem quando o medo atropela não entregue jamais sua alma não acenda em vão outra vela... ...é coragem pra esquecer que pros filhos vai deixar só o rosto esquecido de um  estranho... 2. Onde: Mirabel Respiro sóis se miro em Mirabel me perco onde teus olhos são migrantes mas não enquanto caminho cedo e ao léu à sombra onde imagino ouvir a vida que cantando vem loucas canções em que em giro intenso sigo sem faróis sonhar é tão incerto

Amigo

Velório "...enquanto a família reza o fim: pátrias, bandeiras e benditos vão passando pela vida..." (Geraldo Azevedo - Novena - em Cantoria 1) "Prendi o Sol com alfinete nos olhos (...) e já secou a alegria das goteiras do sonho." (Wilson Martins - Agosto do Poeta) Então amigo lembra-te da infância e dos campos onde corríamos sem dor? Que houve conosco? Com nossos sonhos, o que houve? Buscamos por cravos, lírios e rosas onde nasceram orquídeas negras de flagrância estranha O movimento. Punck's. Tambores. candomblé. Capa Preta: são cipriano & Raul. Paulo Coelho & Raul. Raul de Leoni & Raul. Violão Tonante e... Não saíamos no inverno, naqueles meses de chuva: (eu recluso a escrever um manifesto) no qual questionava: então amigo por que partiste? Não há resposta suficiente, ao menos, nenhuma que eu queira, me enlutas-te em segredo! E a tontura de tua presença morta assustou-me teu corpo adubando o solo aqueceu
Song for Barnica (para Edgardo Paz Barnica) Sou parte do que digo mesmo quando gago são passos trôpegos da vida em pedaços dígitos sôfregos que pago pedaços da vida uma réstia de luz é meio dia curvo-me diante o inesperado que grita de que parte do nada, eu sou... eNd?