A Canção dos Migrantes 1. (o estranho) ...morre hoje não, meu irmão... escuta esta canção, ninguém é cidadão, meu irmão e onde falta pão só há razão pra desilusão... ...eu vim por estes caminhos fugindo da fome e da morte violência aqui é na rua grande cidade nua e crua... ...eu sei que não posso parar que a vida vai atropelar quem não sabe quem é não sabe o que quer e ninguém é o que tem... ...batendo forte o coração em queda livre sempre quis ter paz pra ser feliz... ...a esperança é só um amuleto que vem quando o medo atropela não entregue jamais sua alma não acenda em vão outra vela... ...é coragem pra esquecer que pros filhos vai deixar só o rosto esquecido de um estranho... 2. Onde: Mirabel Respiro sóis se miro em Mirabel me perco onde teus olhos são migrantes mas não enquanto caminho cedo e ao léu à sombra onde imagino ouvir a vida que cantando vem loucas canções em que em giro intenso sigo sem faróis sonhar é tão incerto