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Mostrando postagens de setembro 10, 2010

Filmes Solitários II (rapsódia)

Filmes Solitários II (rapsódia) p/ J.L. Borges, Caio Fernando Abreu, Wizard Al-Bab & Wilson Bueno. (...) Numa gaveta da escrivaninha entre rascunhos e cartas, interminavelmente sonha o punhal seu singelo sonho de tigre.(...) (Jorge Luis Borges – em ‘O Punhal’ da Obra “Evaristo Carriego” - 1930) Um dia destes, sob frinchas de luminosidade que perpetravam os degraus, André contou-me sua magnífica ‘História de Borboletas’ , destas que por entre furos nos casulos rompem à ordem estética, transmutando crisálidas assustadas em rufos de asas vertiginosas, vidas parcimoniosas em profunda comunhão com o destino.  Simples. Delicadeza pura e silenciosa. Misteriosas. Inexauríveis: anseiam alma, visceralidade essencial, volátil, fugidia como naftalina. Em seus recônditos não subsistem cantos antigos e nem proliferam passadismos ocultados em marcas de mofo, poeira e abandono e é tácito que saber, sentir, sonhar é risco inconsútil e memorizar por vezes pode ser penoso. Corpus poeticum. O co

Filmes Solitários II (rapsódia)

Filmes Solitários II (rapsódia) p/ J.L. Borges, Caio Fernando Abreu, Wizard Al-Bab & Wilson Bueno. (...) Numa gaveta da escrivaninha entre rascunhos e cartas, interminavelmente sonha o punhal seu singelo sonho de tigre.(...) (Jorge Luis Borges – em ‘O Punhal’ da Obra “Evaristo Carriego” - 1930) Um dia destes, sob frinchas de luminosidade que perpetravam os degraus, André contou-me sua magnífica ‘História de Borboletas’ , destas que por entre furos nos casulos rompem à ordem estética, transmutando crisálidas assustadas em rufos de asas vertiginosas, vidas parcimoniosas em profunda comunhão com o destino.   Simples. Delicadeza pura e silenciosa. Misteriosas. Inexauríveis: anseiam alma, visceralidade essencial, volátil, fugidia como naftalina. Em seus recônditos não subsistem cantos antigos e nem proliferam passadismos ocultados em marcas de mofo, poeira e abandono e é tácito que saber, sentir, sonhar é risco inconsútil e memorizar por vezes pode ser penoso. Corpus poeticum. O c

Dos Reflexos Diurnos ou os Terroristas Poetas

Dos Reflexos Diurnos “A lentidão deliberada, cigarro a cigarro, com que ele passava a limpo aquelas páginas, ocultava o temor de terminá-las, quando teria de voltar as exigências concretas do cotidiano, cruamente, sem válvula de escape.” (Cristóvão Tezza – em “A Suavidade do Tempo”) As chuvas se foram e a contemplação natura há muito perdeu o sentido. O sofrimento agora se faz lírico. A poesia, é a parte sonhada das revoluções secretas. (Dani Estefani) Enviesada com algo letárgico, a realidade fez-se inexorável em seu contato com as eras. Sob verdades místicas: a busca insana pelo ocorrido. Há priscas eras a eternidade abandonada à desintegração metafórica. Em silêncio e infeliz ante ao peso da mão adulta. O verbo fragmentou-se ficcional: atravessou o espelho e sorriu para um gato cego. Ver: crescimento e morte. Viver: sempre tão pouco frente ao sonho. A realidade execrável dentro da moldura. Onde a imagem não é quimera, mas descoberta simples e certa: não vão ao túmulo de Alice