p/ Gabriel Garcia Marques, José Saramago & Stephen Fly
I
Senão d’ouro, de que são feitas as palavras
que tremulam os lábios e te partem as mãos?
Dos bolsos vazios inundam dúvidas.
Nos versos mais duros a boca úmida.
A cabeça pende.
Idéias não secam e a mina com o seu rutilar de tolo se acalma.
As mãos partidas vêm da lida.
A boca trêmula da angústia.
E as palavras... Ah! as palavras...
Senão d’ouro são palavras;
E seu valor:
vale o quanto pesa cada ouvido;
ou
o quanto necessita cada coração silenciado
por simulacros
ou pelos fatos.
Pois vez em quando
é
de ouro o silêncio,
outras vezes
é obstáculo.
Então,
no terceiro olho vicejam e se escondem
as metáforas.
E em cada verso com seu rosário de palavras
há numa pausa que voa,
uma imagem que evapora,
e
um
fim
pra tudo
que
ecoa.
II
Depois...
Sim! Sim! Sim!
O big-bang, Planck, um Sol
um Galileu e
...um novo grito...
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