p/ João Carlos Martins o ‘Maestro do Povo’.
(...) do tronco que parece escutar nas folhas
quando cresce o amigo rumor.
(Severo Sarduy em ‘El Arbol’ de “La Recoleta”)
(…) Agora ouça-repita com cuidado cada imagem
e guarde, só pra você. (...)
(Rodrigo Garcia Lopes em “No Cardoso, um diário.
Oh! Universo! Não há entre nós
achado algum que poste lacônicas dúvidas
Nenhum grito que surja ao acaso
ou uma só sentença que não transmute em
devir.
Através de meus olhos: te ilustras, te miro
e nos vislumbramos admirados com o
recíproco infinito de nossos horizontes.
Um tudo que se repete mas jamais renasce
sob o jugo das vencidas fórmulas.
Olho que a cada ressurreição predomina
e o predador se excita cada vez mais
Até que o âmago já esvaziado de querer
se liberta de qualquer resquício de vaidade
saltando ao encontro de centenas de bilhões
de centelhas apagadas.
Os extinguidos vaga-lumes que fomos e,
que seremos quando retornarmos ao tempo
de Planck
onde novamente o brilho de uterinas luzes
todo o princípio num só ponto
num só movimento: toda a ação não prescindindo
de espaço para existir, pulsando em plena
transubstanciação: eixo cartesiano: verticalmente a
espinha do mamífero. No horizonte: a contínua
equivalência entre som e idéia.
Olfato falido quando não se é mais o predador
Descortinados os olhos: o apogeu da mata nos
ouvidos, para que, muito mais que pavor ante
aos sons, o dia surja o insólito
em meio
a imensa música.
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