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Corações Embalados Pela Dúvida
(Pós-modernismo / Zeitgeist)

p/ Oswald, Mário, Décio, irmãos
Campos & Johnny Deep

“Envolvei o mundo em beleza e emprestai a todas
as coisas a nobreza do estilo! ...longe de mim, infames!
Pensdais poder rebocar de cores vistosas as misérias
do mundo?”
(Thomas Mann – em “Glaudius Dei”)

I
Perante a árvore no mêio do caminho, os traillers passam,
vocês sabem: algumas pessoas jamais crescem. Caçam. Evocam um
canibalismo de almas inerentes à profunda sabedoria, aquela provinda
da ausência de qualquer anciedade, de nenhum planejamento ou pressa, pois que o tempo, é roda que
gira quando quer, e quando o faz, muda tudo, e sem que nenhum
mortal normal perceba, surgem os indícios traduzidos em ideléveis marcas
ou escritos grosseiros, sombras ante ao claro olho de quem sabe mas
não mente  quando sofre música: echoes de um instante que não
volta mais. Pois que no fim, sumiram os risos, perderam nexo as conversas,
e ao estranho que hoje passa nada disso faz sentido. Pra ele somente uma outra
sombra de uma mesma árvore que ficou no meio do caminho.

II
Os últimos faróis tangenciam a última curva.
Juncos apontam nos charcos
E bratráquios cantarolantes cegam-se a beira d’agua.
A luz da fogueira sobe. O antiquário fali.
Os grilos sobre os galhos desgrenhados dos salgueiros
silenciam-se assustados pelo som do violão.
A lua embevecida se admira refletida, o ornamental morre
e já não se cre que reste ingenuidade em corações descuidados.
Os homens louvam sua loucura, apenas os ‘vivos’ vivem
e não se incrustram irreversíveis na letal maturidade.


Em contraponto no ponto em frente a matriz (diacronia)
os jovens amam, cantam e se embriagam alegremente.
Não são ingênuos nem rotundos bocejantes
Mas estão alhêios à anfíbios, ortópteros ou
Astros que parasitam sonhos e nuances de
Luzes antropofágicas: ignoram ‘O Espírito do Tempo’
os signos em rotação, a verdadeira face do zodíaco
a palavra perseguida e não encontrada
uma predileção sensitiva em mil versos
os estábulos onde dormem os estupefatos búfalos
as fábricas onde labutam as engrenagens jornaleiras
a arte esmiuçada  em um bilhão de imágens
a semãntica fossilizada pela média compreenção
o vernáculo incubado e imutável num místico vitral
um número mãntrico de ‘herméticos tremegistos’
confabulando o negro, o branco e o vermelho da liguágem
vertendo ouro de chumbo (opus nigrun), água, fogo e terra...
O homem rumo ao definitivo silêncio que o espera, na chuva abundante
desliza pela palavra e por ela espreita, se ajeita e percorre
o mundo, tropeça em novos verbetes, dá-lhes novos sentidos
Um boi ou outro arrebenta o cercado, há estouro, ouvem-se tiros
haverá fogueira, a face pintada e uma história heróica a ser descrita e reinventada:
No fundo, os atos encontram a necessária ressonância nos sussurros e gritos das palavras, nas danças, uivos e lascívias: (dionisíacos); até que emane em ação:
o absurdo silêncio.

Comentários

ae meu
é o thiago, que tocou com voces algumas vezes no final do ano passado
to procurando os endereços online de voces, porque perdi o telefone do daniel.
liga pra mim quando vir essa mensagem pra combinar de fazer aquele som
3018.8481
massademodelartransparente@hotmail.com é o meu msn tambem
thiago araujo no facebook
macaco planetario no orkut

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