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Findos Olhos Negros?/ Solo azul sem Khomeini

p/ G. J. Samaha (Brimo) & Tiago Jungler (Preto)
Vindos de Teerã, Kabul, Bagdá e Kashemira caóticos ruídos estalam insones. Íngremes corações sinceros se abalam pelo ódio, quando o que garotos querem, não são armas mas tão somente, a lufada de cabelos perfumados e expostos rente à brisa sem nenhum temor... Negros e mortos mares.
Sem tremor. Sem chador, chaderi ou burka. Leveza para o corpo, para o hímen. Algum sal na pele âmbar que desliza no deserto. Tendas que se espraiam e se armam. Tâmaras que umedecem a boca. 50° que não permitem que uma só lágrima flua.
A vida em torno do mar Morto. Alguma brisa oriunda do mediterrâneo. Muitas ameaças. Decretada a morte de um Salmão morto no trânsito. Rush-die. Um complô. Tive um sonho e do Iguaçu vi ruindo a Foz. Vivo nascido das nascentes, vi surgirem próximos ao CODESUL: os minaretes. Sou descendente Tupi, mas vi mesquitas inchando com oferendas obrigatórias. Ingênuos brasiguaios assistindo cultos em árabe, estupefatos como já estiveram seus antepassados, postam-se obtusos diante do novo latim.Então, Bin Laden é idolatrado? Sim: vejo! Profetizo?: Bombas em pesadelo viajando sobre o Atlântico? Sim, vejo! Rudezas. Gêmeos minaretes de além mar implodidos em prol da fama? Sim, vi! Noites que a Ismael nada dizem. A falência do Chase-Manhattan e do Citicorp anulam a influência judia na Terra? Estará silenciado o ‘shofar’? Implodida a Mesquita da Rocha? Surgirá um outro Herodes sobre o local em que Abraão foi provado e resistiu? Ou, as notícias que ressurgem do Vale de Elá, darão conta somente de uma inauguração eugênica, ou melhor, houve o massacre de um gigante aparvalhado. O mais, é Massada. Obs. Se o messias não veio, por que o sistema sacrifical não foi restituído após a reinstalação de Israel? Ou cada cordeirinho equivale a uma ogiva? Quem responde? O Mossad? Há! Há! Há! Rudezas.
(Salve! Salve! Gabriel!!! Salve a Toca do Peixe. H2O-Ouro mais puro do mundo. Idêntico ao do lago Mashu. Véu de Noiva. Cadeado. Roda dágua. Porto de Cima de minhas distâncias. O dedo do Planeta apontando a Nuvem de Magalhães: eis o nosso Marumbi.). Conjunto da Baitaca. Pouquíssimos desertos e intrépidas interno-externas cobiças:
Distorções que não farão cair à chuva. Não dessalinizarão a água, nem abrirão ranhuras na calmaria jamaicana onde Alá repousa absorto em sua paciente ausência, baforando sobre Órion um soturno narguilé.
Do Oriente Médio ao Oriente Máximo pelo Ocidente mínimo: espúrias venerações!
Em Bagdá: Os olhos da distraída moça; O velho que bebe chá de hortelã;
A criança que brinca singela entre os soldados, tendo ao alcance das mãos metralhadoras e granadas.
Os moços que desconfiam com presteza dos estrangeiros, filmadoras, máquinas fotográficas, laptops, jornalistas, turistas e os etc.s que fundamentam as estranhas paragens: Qualquer aglomero humano é sinfonia perigosa. Basta um breve ruflar do siroco para o instinto imputar silêncio: Todos ouvem um urro de louvor em reconhecido dialeto. Piscam os olhos. Cerram as mãos. Somente as crianças não estancam. Não faz bem saber. Em todas as mentes um ligeiro e celestial clamor: Alah!
As pupilas se despedem. O véu que os cega trepida. Happy Left-hand Greenwich!
O Ser balança. O artefato eclode em luz e estilhaços. O mercado some. Eu ligo a TV e vendo o jornal da noite, estarreço com o exército de Israel estourando covardemente pai e filho. Envergonhado por ser ocidental, abraço afetuoso e à distância o corpinho daquele pequeno árabe metralhado. Suspendo a camisa branca ensangüentada que cobrira o heróico corpo de um desesperado pai. Mas vem outra saraivada. Eu urro de raiva. Minha revolta regela o sangue. Paradoxalmente, nas profundas do inconsciente eu beijo Cristo, abraço Maomé, caminho em beatitude com Confúcio, vislumbro Gautama empanturrado percebendo que é tanta indiferença em meio as mais vis discrepâncias, que não vislumbro justiça! E sendo assim: decreto insidiosa qualquer promessa de redenção! Qualquer projeto de reedificação da realidade.Então, por delicadíssimo zelo, desta pena que honra os nossos valorosos mortos: Nada mais verte.

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